Se Você Diz Que Já Sofreu Por Amor, Na Verdade Você Nunca amou

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“O amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (Paulo de Tarso)

Você já sofreu por amor?

Grande parte da população responderia que sim para essa pergunta, mas no amor não há sofrimento. As pessoas sofrem simplesmente porque ainda não aprenderam a viverem o amor em sua essência. Ou seja, as pessoas na verdade não amam.

‎Em uma apresentação, Renato Russo perguntou para o público: – Alguém ai já sofreu por amor? Quase todos da plateia levantaram a mão. Renato Russo disse: – Errado. “O amor verdadeiro nunca vai te fazer sofrer, pois quem ama cuida, não magoa e nem decepciona”.

Existe uma grande confusão em relação ao amor. O amor em sua essência é o que nos ensina Paulo de Tarso, o contrário disso são os caprichos do ego. O amor é a manifestação da felicidade plena, o que te trás desconforto e sofrimento são os apegos às coisas materiais.

O egocentrismo é o grande mau da sociedade atual. A pessoa egocêntrica busca a sua própria felicidade causando prejuízo ao outro. Em uma relação o afeto e as carícias são uma forma de manifestar carinho a si mesmo. Esse tipo de sentimento é comandado pelo ego e quer se apropriar para ter o controle.

Identificar e saber lidar com as emoções é essencial para o seu crescimento. Assim, o caminho se torna mais brando e dificilmente irá sofrer por amor.

O amor apego muitas vezes vem acompanhado de um desejo obsessivo, impossibilitando a convivência e a partilha de bons momentos ao lado de alguém. Se o amor é verdadeiro, ou seja, de espírito para espírito não existe sofrimento.

Esse amor tem como premissa o doar-se. Conforme nos ensina Paulo de Tarso: “não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido”.

Esse é o nível de amor que devemos sempre buscar. É o mesmo amor manifestado por Cristo na cruz, quando disse: “pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Quando observamos essa passagem da vida de Cristo pelo nosso ego, representa um grande sofrimento, mas na verdade seu espírito estava em paz. Ele expressou essa paz de espírito quando disse: “eu venci o mundo”.

Devemos amar o outro como ele é em espírito. Infelizmente nossos padrões mentais, faz com que usamos uma lente distorcida. Assim, buscamos a felicidade no outro e essa projeção distorcida da realidade cria um ambiente de disputas e apegos. O caminho para o verdadeiro amor está em buscar a harmonia com todas as coisas. Quando entrando em perfeita harmonia com o universo, experimentamos o amor na simplicidade do momento presente.

Quando somos frustrados em nossas expectativas, vivenciamos diversas emoções.

Muitas pessoas acabam criando expectativas em relação às outras pessoas. Essa é uma característica do ego, do amor apego. Com essa postura começam as negociatas nos relacionamentos e quando não obtemos o retorno do investimento ficamos frustrados. Se o comando de nossa vida estiver com o ego, a decepção é inevitável quando as coisas não saem como gostaríamos.

Precisamos criar a maturidade de entender que é nos relacionamentos que iremos encontrar as melhores oportunidades de crescimento. Com esse entendimento poderemos crescer espiritualmente, valorizar nossas qualidades e identificar nossos pontos fracos. Assim, fazermos desses encontros momentos especiais, de espíritos afins em busca da evolução.

Portanto, devemos nos conscientizar que o Amor em seu mais alto grau está acima de tudo. Esse amor traz a paz onde existe guerra, a prosperidade onde há miséria, à alegria onde há tristeza e a saúde onde há doença. Esse Amor nos liberta das garras do ego, eliminado o temor e o apego, nos proporcionando uma grande alegria na alma.