Aristóteles um dos maiores filósofos gregos, afirmava que o homem é um sujeito social que, por natureza, precisa pertencer a uma coletividade. Sendo assim, por mais que algumas pessoas prefiram certo isolamento, ninguém consegue viver (100%) sozinho. Por conseguinte, só será possível manifestar a grandeza humana na convivência.
Quando fazemos parte de um grupo sentimo-nos protegidos, amparados, amados e valorizados. Entretanto, se não fizermos parte de um grupo não conquistamos a plenitude, nos isolamos e nos tornamos seres humanos tristes. De certo modo, a socialização nos faz crescer, mas, para alcançarmos a plenitude precisamos ir um pouco mais além.
Para vivermos uma vida plena precisamos estar em harmonia com o Todo. Dessa forma, é importante olharmos para os nossos relacionamentos com um novo olhar. A nossa vida é feita de relacionamentos, por isso vivemos em sociedade. Assim, por mais isolado que você esteja, em algum momento irá precisar da ajuda de outra pessoa.
Os nossos relacionamentos vão além do contato com o outro, nos relacionamos com tudo o que nos cerca. Nesse exato momento, estou em um relacionamento com o teclado do meu computador para escrever esse texto. Você que está lendo esse artigo está tendo uma relação muito íntima das minhas ideias.
Quando digo que é preciso um novo olhar para as nossas relações, quero dizer um olhar diferenciado para o nosso interior. A relação que você está tendo com esse texto, com o clima, com a sua alimentação, com a sua família, com a sua casa, com o seu carro ou transporte público reflete como está o seu relacionamento consigo mesma.
Olhando um pouco mais além, vamos descobrir que as nossas relações de hoje é grandemente influenciada pelos relacionamentos que tivemos quando criança com os adultos que nos cercavam. Muitas vezes inconscientemente reproduzimos nos dias atuais as ações que quando crianças, reprovamos de nossos pais. Assim sendo, em muitos momentos o modo como os adultos reagiam conosco naquela época é o mesmo que reagimos conosco agora, tanto em termos positivos como negativos.
Sou de uma geração que não se ouvia o elogio, pelo menos no ambiente em que estava inserido. Assim, foi preciso muito esforço na fase adulta aprender o autoelogio e a elogiar. Nossos pais e antepassados possivelmente, nunca tenham se elogiados. Dessa forma que aprendemos e hoje muitos de nós não temos ideia de como se elogiar e, provavelmente, pensa que não possui nada digno de elogios.
Os relacionamentos importantes que temos hoje tem grande influência na forma que relacionamos com os nossos pais. Isso acontece muitas vezes de forma muito sutil, que você poderá precisar de ajuda de um bom profissional da área. Por certo, enquanto não limparmos aquelas primeiras experiências negativas não estaremos livres para relacionamentos diferentes.
Portanto, o outro sempre será o espelho de nossa alma. Isso vale igualmente para os relacionamentos, seja com o seu chefe, seu amigo, seu colega de trabalho, seu cônjuge e até com o seu filho. Os nossos relacionamentos atuais de certa forma ainda nos completam, quando cumprirem suas missões, desaparecerão por si mesmo.
Um grande abraço e gratidão sempre.
Imagem de capa: JESSICA TICOZZELLI no Pexels
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